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Gostaríamos de propor uma reflexão: estamos realmente presentes em tudo que fazemos no nosso cotidiano? Qual a qualidade da nossa presença nas atividades do dia-a-dia? Quantas vezes nossa mente é sequestrada pelas preocupações diárias e fazemos as coisas no “piloto automático”? Conseguimos não pensar no futuro? Porque estamos sempre nos julgando e achando que poderíamos ter feito algo diferente numa determinada situação que já passou? Estamos atentos aos nossos sentimentos e às nossas emoções que nos sequestram do momento presente?

Com o nível de cobrança e estresse em que vivemos, tudo isso é muito comum. Nenhum de nós consegue controlar os pensamentos que assolam a mente. Com o passar dos anos, pode se agravar à medida que damos mais poder ao piloto automático. Hábitos desencadeiam pensamentos que, aliados a sensações negativas, podem amplificar suas emoções. Antes que a gente perceba, o estresse, a ansiedade e a tristeza tomam conta das nossas vidas. E o que aconteceu com o gosto e com o prazer pelas coisas? Na correria diária, eles desaparecem. A desatenção tem um preço.

Mas como mudar esse padrão? O primeiro estágio para recuperar a atenção e trazê-la para o presente é – reaprender a se concentrar em uma coisa de cada vez e treinar a mente para isso. O segundo passo é dissolver hábitos que condicionam nosso comportamento.

Quer tentar? Vamos lá.

A forma mais fácil de começar essa mudança é prestar atenção na sua respiração – ela prende você no aqui e agora e monitora seus sentimentos. Quando você consegue perceber claramente se sua respiração está curta ou longa, superficial ou profunda, tensa ou tranquila, começa a sentir os próprios padrões internos e escolher como agir para melhorar o seu estado. É uma âncora para sua atenção, mostrando quando sua mente se dispersou, quando está entediada ou inquieta ou quando você está triste. É a forma de fazer contato consigo mesmo durante o dia. Você adquire mais consciência quando respira de forma atenta. E, estando mais atento, você observa e reconhece seus pensamentos e sentimentos. E consegue se relacionar melhor com eles. Afinal, são “apenas” pensamentos. Eles vão passar.

Todo esse processo tem um nome e provavelmente você já ouviu falar dele: Mindfulness (ou meditação da atenção plena), cujos benefícios são cada vez mais visíveis nos diversos contextos da sociedade (profissional, pessoal, terapêutico etc): concentração/foco, segurança, redução de estresse e ansiedade; tratamento de compulsões, melhora nos relacionamentos interpessoais etc. Ajuda também a identificar e entender sentimentos que ameaçam nosso sistema de funcionamento (físico, mental e emocional) – ansiedade, raiva, frustração, insegurança etc.

Nesse processo, é muito importante olhar e cuidar da saúde mental – parte fundamental para qualquer indivíduo que busca equilíbrio, qualidade de vida e bem-estar. Se cuidamos da nossa mente, estaremos cuidando da relação com o nosso corpo também – ele é extremamente sensível às menores centelhas de emoção que percorrem a mente. Faz bem para o indivíduo (nós) e nosso entorno (família, amigos etc). E a meditação é o primeiro passo e um dos mais importantes neste contexto. Para quem quer começar essa prática e não sabe por onde, um dos métodos mais eficazes é o Mindfulness.

O Mindfulness é um assunto muito amplo e há várias ramificações e abordagens (compulsões, doenças crônicas, autocrítica, educação, compaixão etc) que serão aprofundadas aqui no nosso blog. Não deixe de acompanhar nossos posts. E fique à vontade também para sugerir temas e esclarecer dúvidas, pelo e-mail clinicasoha@gmail.com.

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